sexta-feira, 25 de abril de 2014

Capítulo 6 - Seguindo em Frente

Um mês depois do último encontro com Daniel, Enzo ainda não tinha encontrado o ex-namorado novamente, tal como ele havia solicitado. Porém, em uma terça-feira, enquanto saia da aula, ele teve uma surpresa ao ver o rapaz do lado de fora, sendo que Frida não tinha ido naquele dia, e se surpreendeu ainda mais quando este veio falar com ele:

- Oi Enzo...er...eu posso conversar contigo? - Ele parecia um pouco nervoso, porém também estava aparentemente decidido.
- Ah...claro...eu estava indo até a Snacks para lanchar, então se quiseres podes me acompanhar... - Enzo tentou parecer tão firme e tranquilo quanto possível.
- Vamos lá então! - Um sorriso apareceu no rosto do rapaz, o que foi notado por Enzo, mesmo que este não tivesse demonstrado.

Os dois caminharam em silêncio por alguns instantes, até que Enzo, percebendo o desconforto,  disse:

- Então...como você está? - Ele usou um tom casual, embora tivesse um interesse genuíno, afinal, mesmo que ainda estivesse triste, ele ainda se importava com Daniel.
- Bem...bem mesmo...e você?
- Ótimo...

A conversa se encerrou neste ponto, visto que nenhum dois achou outro assunto para conversar, até que eles chegaram à lanchonete e se sentaram à uma das mesas. Depois disso, Enzo finalmente retomou a conversa com a pergunta que estava martelando em sua cabeça:

- O que você quer conversar comigo Daniel? - Ele usou um tom gentil, porém foi firme e objetivo.
- Bem...eu não sei bem como explicar...eu...
- Daniel, vai direto ao ponto, tudo bem? - Enzo finalizou a frase com um sorriso e uma expressão inquisitiva no rosto.
- Calma, isso não é tão fácil pra mim...eu sinto saudades de ti, é isso! - Daniel não ousou fitar o rosto de Enzo.
- Tudo bem, mas o que você quer de mim especificamente?
- Primeiro, eu quero que você me desculpe por ter te colocado em uma posição difícil na última vez em que nos vimos! Segundo, eu sei que você me pediu que te deixasse em paz, mas você era meu melhor amigo e agora simplesmente não fala comigo!
- Não se preocupe com aquilo, já não tem a menor importância! - Enzo olhou fixamente nos olhos de Daniel, que intermitentemente desviava o olhar.
- Sério? Então você me perdoa?
- Sinceramente? Por me colocar naquela situação sim, mas jamais por ter terminado comigo de um jeito tão bruto...
- Enzo, eu já...
- Deixa eu terminar - Disse Enzo decidido - Eu não me importo mais com isso, mas, de verdade, ainda não encontrei uma maneira de te perdoar!
- Mas você não pode nem pelo menos ser meu amigo? - Respondeu Daniel.
- Para que você quer continuar a nossa amizade? Se você terminou comigo, é porque algo está errado.
- Você não diria isso se soubesse dos meus motivos, mas isso não importa. Eu só quero que nós possamos reatar a nossa amizade...eu sinto falta daquele rapaz magricela que se tornou o meu melhor amigo desde que eu cheguei à universidade!
- Eu não sei Daniel...realmente não sei... - Enzo olhava para o próprio colo, então movimentou a cabeça para olhar em direção a Daniel e disse: - Nós podemos tentar, mas se não der certo, eu quero que você me deixe em paz!
- Sério? - Daniel tinha um expressão genuinamente feliz no rosto, então se levantou e disse: - me dá um abraço então!
- Não Daniel! - Enzo fez sinal para que o rapaz se sentasse - Vamos com calma tá?! Sem tanto contato físico! Só toca aqui - Ele estendeu a mão fechada para Daniel, que retribuiu o gesto, mesmo que visivelmente contrariado.
- Tudo bem, já é um começo!
- Eu acho que sim...então, me fala, como está a Frida?
- Ah, bom...tudo certo com ela!
- Por que ela não veio hoje?
- Ela...teve um imprevisto em casa e não pode vir! - Daniel parecia um pouco nervoso.
- Você sabia que ela não vinha hoje? Ela não sabe que estás aqui?
- Sabia...bem, eu precisava conversar a sós contigo e a Frida não aceita muito bem que eu queira ter algum tipo de relação contigo sabe?
- Em resumo, ela não sabe! - Enzo não conseguiu disfarçar um sorrisinho no canto dos lábios.
- Isso! Você ainda é bem insistente quando quer saber de alguma coisa né?
- Bem, velhos hábitos não mudam!

Os dois ainda conversaram bastante, em um tom cada vez mais descontraído e menos constrangido pelo que houvera entre eles, até que Enzo se levantou e disse que precisaria ir para a aula da tarde. Assim, eles se despediram e caminharam em direções opostas, ambos com a sensação de que algo muito importante tinha mudado entre eles.
Daniel, particularmente, estava radiante com a possibilidade de retomar a sua amizade com Enzo, pois já que ele não poderia se permitir amá-lo de um modo diferente, tê-lo como amigo era um fato que o deixava muito feliz. Depois de deixar a UFTU, o rapaz foi até a casa de Frida, que, conforme ele tentara omitir de Enzo, estava cuidando da mãe, que tinha sido agredida pelo pai dela. Quando esta atendeu à porta, prontamente disse:

- Onde você estava Daniel?
- Calma, eu estava resolvendo alguns assuntos! - Disse o rapaz enquanto adentrava a residência.
- Que assuntos Daniel? Poxa, eu fiquei te esperando aqui a manhã toda e você nem me ligou, pelo meno para dizer onde estava - Frida aumentava o tom de voz a cada palavra.
- Frida, pára de gritar, por favor! Eu preciso te contar uma coisa e se você estiver estressada talvez não receba isso muito bem! - Disse Daniel em tom calmo.
- O que você tem para me contar? É sobre aquele...é sobre ele?
- Sim Frida, é sobre o Enzo! - Respondeu o rapaz, com firmeza - Eu falei com ele hoje e nós combinamos que nós tentaríamos retar a amizade!
- Daniel, aquele ridículo não é pra você! Esquece ele, você não precisa da amizade de alguém com caráter tão duvidoso quanto ele!
- Frida, meu amor, eu já lhe expliquei mais de mil vezes que nós nunca te traímos! E, se você acha que o caráter dele é tão duvidoso, então deveria achar o mesmo de mim, pois fui eu quem o levou a assumir um namoro comigo, mas enfim, isso é passado! Mas você também poderia tentar reatar a sua amizade com ele!
- Claro que não meu amor! Eu nunca voltaria a ser amiga dele! Ele te confundiu meu amor e fez você imaginar ter sentimentos por ele que você jamais teve de fato, se não, porque teria reatado o namoro comigo?
- Eu não concordo com você, meu amor, mas tudo bem, isso é passado! De qualquer modo eu senti falta da amizade dele e, apesar de compreender que você não queira ser amiga dele novamente, eu ainda quero tê-lo como amigo!
- Bom, desde que você fique atento para que ele não te confunda de novo, eu prometo que vou fazer um esforço para aturar essa relação de vocês!
- Muito obrigado meu amor! Agora, como está a sua mãe?
- Ela não está nada bem! venha vê-la.

Mais tarde, na lanchonete da UFTU, Pietro comentava o que Enzo tinha lhe contado sobre a conversa dele com Daniel:

- Eu não acredito que você vai simplesmente aceitar ser amigo dele novamente Enzo!
- Ah Pietro...eu também não sei o que me deu, mas é que, para falar a verdade, eu também estava sentindo falta da amizade dele, e já que ele só quer uma chance de tentar novamente, quem sou eu para negar?
- Quem é você? Deixe-me lhe dizer! Você é aquele rapaz que eu encontrei encolhido no chão do banheiro, porque esse tal de Daniel, que agora quer ser seu amigo, mexeu com seus sentimentos e depois foi embora sem olhar para trás - Pietro tinha aumentado o tom de voz e estava com uma expressão dura.
- Calma Pietro - Disse Enzo, concomitantemente surpreso com a intensidade com que o rapaz dissera aquilo e decidido a explicar a sua atitude - Eu sei que aquilo foi muito insensível da parte dele, mas eu realmente acho que ele quer ser meu amigo novamente, então eu resolvi dar uma chance para ele, entende?
- Infelizmente não Enzo... - Pietro tinha baixado o tom de voz e estava se esforçando para falar pausadamente, então, com meio sorriso ele disse: - Mas, se é isso que realmente queres, eu te apoio e te ofereço o meu suporte, caso você se decepcione com ele novamente.
- Obrigado Pietro, fostes um anjo que veio pra minha vida! Eu nem sei como eu estaria se não fosse pelo teu apoio desde aquele dia, tanto porque me tirastes da festa e ficastes comigo até eu me acalmar, como porque vens me dando muito apoio desde então.
- Que nada Enzo...é só que és uma pessoa muito boa e não mereces te decepcionar com ninguém ou ser tratado mal. Além disso, eu gosto da tua amizade!
- Eu também gosto muito da tua amizade!

Eles permaneceram conversando sobre este e outros assuntos durante um bom tempo, até que se despediram e foram para as suas respectivas casas. Enquanto estava no ônibus, Enzo refletia sobre o modo como se sentia em relação a Daniel e chegou a conclusão de que, com certeza, ainda o amava, mas estar perto dele tinha se tornado estranhamento menos desconfortável ou doloroso. Parecia que a partir daquele momento ele, efetivamente, estava seguindo em frente com a sua vida e deixando o grande amor entre ele e o seu ex-namorado no passado.Mas como seria tentar ser apenas amigo de alguém que ele tinha amado tanto?

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Were The World Mine (Were The World Mine)

Were The World Mine (Were The World Mine), 2008


Timothy (Tanner Cohen), um jovem gay que sofre bullying na escola, encontra em uma flor mágica retirada da obra shakespeariana "Sonhos de Uma Noite de Verão" uma maneira de transformar as pessoas da sua pequena cidade homofóbica em homossexuais, incluindo Jonathon (Nathaniel David Becker), um jogador do time de rugby por quem ele é apaixonado.

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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Make The Yuletide Gay (Make The Yuletide Gay)

Make The Yuletide Gay (Make The Yuletide Gay), 2009


Olaf (Keith Jordan) e Nathan (Adamo Ruggiero) são namorados e colegas de quarto na universidade. Porém, Nathan não sabe que Olaf ainda "está no armário" para a família e, quando os seus pais o deixam sozinho no natal, ele resolve fazer uma visita surpresa ao namorado. A história gira em torno da resistência de Olaf em contar aos seus pais Anya (Kelly Keaton) e Sven (Derek Long) sobre a sua homossexualidade, o que pode ser impulsionado pela presença de Nathan.

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sábado, 19 de abril de 2014

Capítulo 1 - A Benção dos Imortais (Cont.)

07 DE NOVEMBRO DE 2012, 18:17

Há quatro dias Oliver recebeu da estrela de quatro pontas, característica de Gélim, o seu novo e, aparentemente, definitivo destino: Scafell Pike. Ao receber a mensagem o garoto se indagou sobre o porquê de Gélim o levar até o outro lado do país quando a montanha era bem mais próxima da sua cidade-natal, porém isso foi respondido pelo imortal, quando a estrela mostrou: Eu precisava saber até que ponto você poderia seguir os meus comandos e o quão forte você pode ser sem a ajuda dos seus pais, de modo que, se eu o mandasse imediatamente à minha casa na Inglaterra, a qual é convenientemente próxima à sua cidade, eu não conseguiria verificar esse fato. Porém, agora que você já me mostrou que pode ser forte sozinho, eu quero que venha até minha casa para darmos continuidade ao seu treinamento. Gélim
Com essa mensagem em mente, Oliver seguiu a sua viagem pela Inglaterra em busca do local onde o Imortal do gelo o treinaria para conseguir controlar os seus poderes e às 18:17 do dia 06 de Novembro ele alcançou o topo da montanha, na qual ele encontrou um imenso palácio de gelo, que, embora estivesse no início novembro, parecia ter um clima próprio, que divergia do  ameno outono que pairava sobre a região.
Antes que ele pudesse fazer qualquer outro movimento, uma figura emergiu do interior do palácio: um homem de altura mediana, porte atrético, pele branca, uma expressão suave no rosto , trajando um casaco azul escuro e que tinha minúsculos flocos de neve ondulando ao seu redor?. Este último fato surpreendeu Oliver, porém, logo em seguida, ele pensou que era de se esperar que o imortal do gelo tivesse algo desse tipo, embora fosse relativamente estranho.
Enquanto estava imerso nestes pensamentos, Oliver não percebeu que o homem tinha se aproximado dele e se assustou ao ouvi-lo dizer:
- Parabéns Oliver! Você conseguiu chegar são e salvo à minha casa!
- Obrigado...é, eu acho que sim!
- Bem, vamos entrar, nós precisamos conversar sobre algumas coisas...
- Ah, claro!

A despeito do clima aparentemente frio que um palácio de gelo deveria ter, Ethan não poderia estar se sentindo mais confortável quando entrou no local e Gélim, como se tivesse lido seus pensamentos, disse enquanto caminhavam:

- Você deve estar se perguntando o porquê de não estar sentindo frio em um lugar completamente feito de gelo certo?
- Ah...bem...sim. Por que?
- Ora, você alguma vez na vida se lembra de ter sentido frio?
- Bom...agora que você mencionou não mesmo! Mas qual a importância disso?
- Bem, caso não tenho notado, você não mora em um país tropical, então seria mais do que comum sentir frio! Mas, como você não é alguém, digamos, comum, você não tem essa sensação!
- Como assim?
- Bem, deixe-me clarificar as coisas: o seu corpo está acostumado ao frio como sua temperatura padrão. As suas células e o seu metabolismo estão vinculados a esse tipo de temperaturas mais baixas, então você não percebe que está em um clima abaixo de 0° aqui, embora esta seja a temperatura dentro deste palácio!
- Abaixo de 0?
- Sim! Um mero mortal entraria aqui e sentiria doer até seus ossos, porém você nem percebeu que houve uma mudança drástica de temperatura!
- Mas por que isso acontece comigo?
- Bem, você precisa desses, eu diria, ajustes para que seu corpo possa trabalhar como um receptáculo dos meus poderes.
- Hum, eu entendo...mas, se meu corpo funciona assim, o que aconteceria se eu fosse para um país tropical?
- Você é muito perspicaz, sabia Oliver?! Essa é uma excelente pergunta! Veja só como a minha benção lhe torna um ser extremamente singular...não acontece nada de diferente!
- Nada? Mas eu estava imaginando se o meu corpo não iria entrar em choque, já que ele precisa de uma temperatura baixa...
- Eu repito, isso é uma excelente pergunta e o seu raciocínio está certíssimo, porém, você ainda é um mortal e, quando vai para lugares quentes, o seu corpo simplesmente se comporta como um corpo humano e, nesse caso, você pode até sentir calor, mas nada fora do normal. Agora eu ressalto que o seu habitat são os lugares frios, pois lá o seu corpo é praticamente imbatível e você dificilmente perecerá pelas questões ambientais!
- Dificilmente?
- Sim, é justamente sobre isso que eu queria conversar, mas primeiro vamos sentar.

Ambos tinham agora acabado de entrar em um luxuoso salão, que, se não fosse pelo material utilizado (gelo), poderia se confundido com um salão de um rei mortal. Gélim mostrava a Oliver uma cadeira que compunha uma mobília toda feita de gelo, a qual tinha detalhes muito bem trabalhados, o que chamou a atenção de Oliver, que perguntou, após se sentar:

- Você fez tudo isso?
- Ora, mas é claro! O que foi? Um elemental não pode gostar de construir coisas de gelo requintadas?
- Isso é muito estranho, estes móveis são feitos de gelo, mas não derretem!
- Claro que não! As minhas criações só derretem se eu quiser, porque eu controlo as minimas moléculas que as formam e as deixo sempre em um estado sólido, até que eu queira que elas voltem ao estado liquido, o que já é um departamento de outra pessoa.
- Ah, entendi! Bom, de qualquer modo isso é incrível!
- Que bom que você aprecia o seu elemento, mas agora vamos ao que interessa: o primeiro passo do seu treinamento é entender a sua relação com o seu elemento, por isso eu vou lhe explicar a relação entre a sua energia vital e os seus poderes.

Após Gélim explicar a Oliver o equilíbrio entre energia vital e energia imortal, o garoto indagou:

- Então foi por isso que eu desmaiei quando cheguei em Easington?
- Precisamente! E eu tive que ajudá-lo, pois você se mostrou alguém realmente digno de ter recebido os poderes de gelo, pois você se parece com o seu elemento: pode ser agressivo se quiser, mas também pode ser flexível conforme a situação e, principalmente, é forte e resistente quando é necessário.
- Bem...obrigado Gélim - Oliver estava corado.
- Isso são qualidades extremamente necessárias ao elemental do gelo, que eu identifiquei como predisposições quando o escolhi há 11 anos e elas se confirmaram atualmente. Porém, ainda é necessário treiná-lo para que você não sucumba ao seu elemento, pois ele é implacável e nesse sentido que a sua resistência é mais importante.
- De que forma eu poderia sucumbir?
- Você sabe o que aconteceria se eu não tivesse lhe socorrido em Easington?
- Não!
- Bem, digamos que, repentinamente, uma estátua de gelo iria surgir bem no meio da cidade!
- Estátua?
- Sim, pois uma vez que a sua energia vital sucumba à energia imortal, você dificilmente consegue retomar o controle e o seu corpo seria lentamente consumido pelo gelo! E, como você não deve saber, pois é um elemental do gelo, o seu elemento causa queimaduras seríssimas em mortais.
- Eu ouvi algo a respeito.
- Mas não se preocupe, eu estou lhe falando isso apenas para que você saiba o que acontece, pois com o treinamento que você terá eu duvido que isto vá acontecer.
- Então, e agora? Como começa o treinamento?
- Agora, você vai descansar, pois não há necessidade de esgotar a sua energia hoje!
- Tudo bem.

Gélim indicou um quarto para Oliver, que rapidamente adormeceu sem nem mesmo pensar sobre o que ele aprendera naquele dia sobre os seus poderes.
No outro dia, Oliver acordou e ficou surpreso ao encontrar coisas que não eram de gelo na mesa do café-da-manhã, que era de gelo (claro!). Dispostos na mesa estavam diversos gêneros alimentícios para alguém que precisa de uma refeição reforçada. Quando o garoto estava se deliciando com a refeição, Gélim apareceu, dizendo:

- Acho que podemos começar o nosso treinamento Oliver -  Ele ainda estava vestindo o seu casaco azul escuro.
- Claro, vamos Gélim - Disse Oliver ao se levantou e pegar mais alguns doces da mesa.

Os dois caminharam pelas escadas do palácio até atingir um salão com uma abertura no teto, através da qual caiam finos flocos de neve. Oliver não entendeu o motivo de estarem ali, mas esperou até que Gélim se pronunciasse, tal como ele fez em seguida:

- Oliver, os elementais do gelo devem saber controlar principalmente duas habilidades: congelamento e modelação, nas quais, eu fico feliz em dizer, você já demonstrou grande habilidade. Porém, hoje nós faremos um treino exaustivo, no qual eu quero que você, primeiramente, treine o congelamento. Assim, a sua tarefa será deixar o meu piso totalmente sem nenhum vestígio de neve ao congelar estes flocos que estão caindo. Você está pronto?
- Err..eu acho que sim...
- Não se preocupe, é apenas um treino. Só não se esqueça de equilibrar as suas energias. Não se deixe sucumbir! Comece...agora! - Assim que o Imortal disse isso o piso ficou limpo dos flocos de neve que caíram previamente.

Oliver, inicialmente, teve sucesso em agrupar vários flocos um sólido bloco de gelo, porém, após 3 minutos ele já estava com aspecto cansado e, finalmente, gritou:

- Não aguento mais, minha pele está queimando! - Quando ele tocou em seu braço ele percebeu que algumas partes estavam vermelhas, como se tivesse caído água quente em cima.
- Deixe-me ver - Gélim olhou o braço de Oliver e passou a mão e cima da queimadura, dizendo: - uma pequena queimadura de gelo. Absolutamente normal meu garoto.
- Eu não entendo Gélim - disse Oliver ofegante - eu nunca me queimei com gelo antes.
- Ora, você sempre lidou com breves congelamentos da água, o que é a forma mais básica da tarefa, porém nunca efetivamente concentrou tanto poder para criar algo tão sólido como isso - o Imortal apontou para o bloco que Oliver acabara de formar - enquanto estava sob pressão e em tão pouco tempo. Veja o que aconteceu em Easington, você criou um ponte sólida, mas levou algum tempo para fazê-la e, mesmo assim, desmaiou depois.
- Bem, isso é verdade.
- Então, como você pode ver, você tem habilidade nesta tarefa, mas precisa treinar muito para se tornar mais forte e, principalmente, resistente. Sendo assim, vamos tentar novamente...agora! - Mais uma vez, em um breve movimento o piso estava livre da neve.

Dessa forma, Oliver continuou treinando e conseguiu manter o seu tempo de resistência entre 3 e 3,5 minutos neste primeiro dia. Depois do garoto ter tentado congelar a neve diversas vezes e tido tantas queimaduras de gelo quanto é possível, Gélim afirmou:

- Por hoje é só Oliver! - disse o imortal ao curar a queimadura mais recente do garoto, que prontamente se jogou de joelhos no chão.
- Já estava na hora!
- Você foi muito bem Oliver! Agora merece uma boa refeição e um bom descanso!
- É...eu acho que sim... - o garoto tinha uma expressão abatida.
- Não se preocupe, você vai melhorar com um tempo. Mas, sinceramente, para um primeira vez, você foi bem melhor do que outras pessoas que eu já treinei.
- Você só diz isso pra me animar!
- Não, é sério! Em 1772 eu treinei um garoto que mal conseguia formar qualquer coisa com a neve! Bem, ele virou um ótimo elemental, mas era péssimo quando chegou aqui! Então se anime e continue tentando!
- Quem foi o melhor elemental que você já treinou?
- Ah...err...bem, o nome dela era Nádia Ivanov, uma garota russa de Ulan-Ude, na Sibéria. Eu nunca tinha visto alguém dominar o gelo daquele jeito!
- Há elementais do gelo que são garotas?
- Claro! Na verdade foram apenas duas até agora, mas ambas foram excepcionais como elementais, sendo que, quanto à Nádia, ela conseguiu ficar uma manhã inteira nesta tarefa e terminar apenas com uma leve queimadura de gelo, com apenas 12 anos!
- Nossa! Ela devia ser incrível!
- Bem, ela era muito talentosa com a manipulação do gelo, provavelmente pela rigorosidade do clima onde ela vivia, porém, eu penso que também devido a isso, ela era pouco flexível, o que é essencial para um elemental do gelo!
- O que aconteceu com ela? e com os seus outros elementais?
- Ora, muitos já e foram, afinal vocês são mortais! Mas outros estão por aí fazendo jus ao treinamento!
- E quanto à Nádia?
- Oliver, eu acho melhor você ir comer alguma coisa! Você está bastante abatido!
- Tudo bem, eu vou! Mas - ele caminhou até o imortal e o abraçou - muito obrigado pela confiança Gélim, eu não vou decepcioná-lo.
- Ah...de nada! - Gélim foi surpreendido pelo gesto e lhe veio à mente a lembrança de uma garota, aparentando ter 16 anos, também lhe abraçando e agradecendo.

Assim, teve inicio o treinamento de Oliver, o mais novo elemental do gelo em fase de ascensão. Quando foi dormir, o garoto não conseguia parar de pensar no quanto ele queria ficar mais forte e mais habilidoso no uso dos seus poderes. Em meio a todos os pensamento, ele tentou imaginar como a garota chama Nádia conseguiu ser tão habilidosa com apenas 12 anos e ele imaginava se algum dia ele conseguiria ser tão bom quanto ela, agora que ele contava com um treinamento, que apesar de pesado, parecia muito eficaz para promover o aumento exponencial dos seus poderes. Além disso, ele refletia em como Gélim fora tão gentil, cuidadoso e atencioso com ele desde que ele chegara, tanto que o garoto já sentia um tipo de afeição por ele. Com estes pensamentos em mente ele, lentamente, adormeceu ansiando pelo próximo dia de treinamento, que o levaria a ser um elemental tão bom quanto Nádia Ivanov.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Le Fil (Le Fil)

Le Fil (Le Fil), 2009


Malik (Antonin Stahly Viswadhan) retorna à Tunísia para viver com a mãe (Claudia Cardinale), após a morte do pai. Em meio às dificuldades em lidar com o luto, a vida burguesa da mãe e com alguns probemas do tempo de criança que ressurgem, ele conhece e se apaixona por Bilal (Salim Kechiouche).


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domingo, 13 de abril de 2014

Capítulo 4 - Heliópolis: Minha Ascensão e Minha Queda (Cont.)

Os eventos que sucederam a morte da minha mãe pareciam acontecer ao meu redor sem que eu tivesse qualquer consciência deles, pois, assim que eu percebi o que tinha ocorrido com ela, eu entrei em estado de catatonia e fui levado ao meu quarto por Bernardo e Manoel, os quais tentaram veementemente me trazer de volta à realidade. Entretanto, eu só realmente voltei a estar consciente um dia depois, quando havia um tumulto no meu quarto e eu pude ver meu namorado e meu sogro sendo levados pelos oficiais do meu pai, que em seguida se lançaram sobre mim. Aquilo foi suficiente pra me tirar da minha inércia, pois se havia algo que me abalaria mais que a morte da minha mãe era algum mal acontecer à minha nova família, então, enquanto os oficiais seguravam meu braço para também me levar em custódia, eu tive um acesso de raiva e desferi golpes a esmo, os quais felizmente foram eficazes em afastar alguns deles, mas, visto que eram muitos, eu infelizmente acabei nocauteado por um deles e só consegui registrar o mundo saindo de foco e a escuridão que me envolveu. A próxima coisa que eu vi foi Bernardo chamando meu nome enquanto eu sentia uma dor lacerante em minha cabeça:

- Felipe! Felipe!

Bernardo estava completamente descomposto em minha frente e aquilo foi um choque, porém, mais do que isso, eu estava assustado com o local onde estávamos: meu pai tinha me colocado em uma masmorra, quando algumas horas antes nós estávamos planejando a minha ascensão em Heliópolis?
Minha pergunta não demorou a ser respondido, já que meu pai estava adentrando as masmorras acompanhando de vários de seus oficiais e bradando, aparentemente, transtornado:

- Eu não pedi para utilizarem a força dessa maneira! Esta era apenas uma medida protetiva!

Recobrando os movimentos eu imediatamente indaguei, com uma voz estranhamente baixa:

- Pai!...Por que?...Por que nós estamos aqui?
- Meu filho...eu...quero dizer...eu achei de bom tom impedir a sua fuga até que seja resolvida a sua situação!
- Mas quem lhe disse que eu iria fugir?
- Bem, aqueles seus amigos, meus antigos oficiais, eles fugiram, não sei como, das masmorras e eu achei que você estava por trás disso! Você estava?
- Claro que não pai! Como eu iria saber disso?!Mas...mas...e quanto à minha mãe? Ela está...está?
- Sim, infelizmente sim...ela...morreu.
- Pai, me deixa ver ela! Por favor!
- Impossível! Nós acabamos e enterrá-la!
- Mas pai...por que não me convidou?!
- Um momento...todos para fora! Já!

Meu pai esperou até que todos os oficiais estivessem fora da masmorra, então retomou a sua fala em tom sussurrante:

- Meu filho...é o seguinte...eu não entendo por que você se interessaria por esse rapaz ao invés das belas princesas que você já teve  a honra de conhecer, mas...
- Espera...o senhor sabia então?
- É claro, você dois irradiam a relação de você, mesmo que não a tenham demonstrado em público, mas isso não tem a menor importância agora! Como eu ia dizendo, eu não vou fingir que entendo, mas eu amava a sua mãe mais do que tudo na vida e você é o fruto desse amor, então eu não posso te odiar por algo que, como a sua mãe me fez entender, é tão pequeno.
- Mas então por que eu estou aqui nessa masmorra se o senhor não me odeia?
- Felipe, você lembra do que a sua mãe lhe falou sobre a formação de Heliópolis?
- Claro...bem, ela me disse que vocês juntaram dois grandes reinos em apenas um do qual você se tornou o rei, certo?
- Isso mesmo meu filho, porém, a família da sua mãe nunca aceitou isso devidamente e eles têm se mantido sem qualquer tipo de relação com Heliópolis desde então. Entretanto, hoje esses familiares que têm se mantido há muito tempo afastados vieram me comunicar que, se Grindum ainda fosse um reino, o sucessor da sua mãe seria Conde Rafael, que eu receio você já encontrou na sua viagem de volta para casa.
- Sim, eu me lembro dele, mas eu ainda não compreendo como isso me faz ter que ficar preso aqui neste lugar!
- Tenha calma, eu já estou chegando lá! Você se lembra o que ele lhe disse quando se encontraram?
- Bem, mais ou menos...ele disse que não me respeitava porque o próprio rei tinha me exilado por ser um homossexual!
- Precisamente! Bem, aqui está o problema: Conde Rafael tem sido o maior perseguidor de homossexuais que existe nesta região! Eu, particularmente, não tolerava isso no meu reino e punia tal comportamento, como você sabe, com exílio ou...ou morte, mas o Conde não só aplica tais punições como tortura e organiza uma "caça" a esse tipo de pessoas, como se fossem animais!
- Que coisa repugnante! Desculpe-me a intromissão meu Rei, mas esse tipo de coisa é absolutamente desumano!
- Eu sei, eu também não aprovo e me sinto enojado com tal barbaridade! Mas, como eu estava explicando, o problema é que o Conde veio me comunicar que ele quer o reino de Grindum de volta, já que agora a posse é oficialmente dele! E, para mostrar que estava decidido, ele me disse que muitos outros reinos estariam honrados em ajudá-lo a reconquistar Grindum se eu me recusasse a devolver as terras, já que eu era um simpatizante desse comportamento! Você entende o meu problema agora Felipe?
- Eu..eu acho que sim...então o senhor está tentando mostrar pra essas pessoas que o senhor...que o senhor não é um simpatizante? É isso?
- Desculpe-me interromper Rei Otávio, mas o senhor está fazendo isso pra não perder o seu reino então? É uma questão de poder?

Meu pai baixou a cabeça e eu pude ver lágrimas saindo dos cantos de seus olhos e um soluçou se evidenciar em seu peito. Porém, ele, rapidamente, se recompôs e disse:

- Não me julgue mal meu jovem, por favor! Sim, de certa forma é uma questão de poder, mas veja bem, se eu perder o poder que eu tenho sendo rei de Heliópolis, como você acha que eu posso proteger o meu filho?
- Proteger-me?
- Claro! Você é tudo o que me sobrou Felipe! Você é tudo o que restou do grande amor que eu vivi com a sua mãe! Eu acho que você pode compreender que eu cometi um erro quando te exilei, mas te peço perdão! Ser um rei parece mais difícil do que parece e às vezes nós tomamos atitudes erradas pensando em um bem maior!
- Meu senhor, desculpe novamente, mas, nesse caso, o senhor não poderia simplesmente devolver a parte do reino que corresponde a Grindum e ficar com a sua parte? Quero dizer, o senhor não continuaria sendo poderoso?
- Receio que não meu jovem, por dois motivos: primeiro, Grindum corresponde a quase metade de Heliópolis, sendo que Luminus...
- Está na parte que corresponde a Grindum!
- Correto! E eu sei que você gostaria de retornar para lá algum dia com os seus amigos meu filho! Mas além disso, o segundo motivo é que, se eu der um reino tão grande e, com certeza, mais poderoso do que quando ele se juntou a Sumarin, ao Conde Rafael ele seguiria com seu plano e tentaria tirar à força a parte restante do reino para si, com a ajuda de outros reinos! Heliópolis é forte, mas nunca foi um reino militar, nós não temos estrutura pra guerrear com outros reinos!
- Mas então o que faremos? Eu terei que permanecer aqui?
- Nesse momento sim, mas não se preocupe, eu tenho um plano! Porém, eu vou precisar que quando ele seja executado, você fuja sem olhar para trás!
- Eu vou explicar...

Assim, meu pai me contou o seu plano e , surpreendentemente, naquele dia, meu pai se mostrou favorável, se não ao meu "estilo de vida", mas pelo menos à minha sobrevivência e liberdade. Quando ele deixou a masmorra ele tinha advertido que nós teríamos apenas uma chance e tudo teria que ser bem-sucedido já que o futuro de Heliópolis e do meu pai estava em minhas mãos.
Naquela mesma noite o plano foi posto em ação, enquanto o meu pai banqueteava com os familiares de minha mãe. Conforme ele tinha dito, William e Tomás foram secretamente libertados assim que o meu pai soube o que tinha que fazer e eles concordaram, em troca de sua liberdade, em me ajudar a escapar das masmorras enquanto transcorria o banquete no salão do castelo. Assim, algumas horas depois do sol se por os dois ex-oficiais do meu pai chegaram sorrateiramente e nocautearam o oficial que mantinha guarda no local. Então, William se dirigiu a mim:

- Boa noite senhor! Viemos, assim como combinado!
- Muito obrigado William! Que bom que vocês aceitaram fazer isso em troca de sua liberdade!
- Senhor...cá entre nós, Tomás e eu conhecemos todos os segredos dessa masmorra e estávamos a ponto de conseguir escapar quando o seu pai chegou! Mas, mesmo assim, voltaríamos pra lhe resgatar!

Bernardo parecia bastante desconfortável com os comentário de William, que rapidamente, ao perceber aquela reação, complementou:

- Bem, eu quero dizer que eu viria em seu resgate, porque pessoas do nosso "tipo" precisam se apoiar é claro! Principalmente em momentos tão difíceis, quando estamos servindo até de presa para as caçadas, que são a diversão da nobreza!
- Ah sim...Bernardo, tinha tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, que eu esqueci de dizer pra você que William e Tomás são um casal, assim como nós!

Depois disso, Tomás segurou uma das mãos de William como prova do que eu dizia e então a feição de Bernardo se tornou mais suave e ele disse:

- Bem, que bom! Vocês formam um bonito casal!
- Engraçado, eu também acho o mesmo sobre vocês! Alias eu sempre soube que vocês estavam juntos desde que nós saímos de Luminus.
- Meu pai também me disse isso Tomás, mas eu não entendi como todos sabiam, nós fomos bastante cuidadosos, não é Bernardo?
- Com certeza!
- Vocês de fato foram, porém, apesar de vocês nunca nem se tocarem na frente de outras pessoas enquanto estavam aqui, vocês irradiam um sentimento quando trocam olhares que é inconfundível! Somente alguém que encontrou o verdadeiro amor tem isso no olhar!
- Nossa, isso...isso é muito bonito William!
- Muito obrigado Príncipe, mas eu tenho certeza que é verdade! Agora, mudando de assunto, nós não temos muito tempo a perder! Vamos!

Enquanto conversávamos, eles pegaram as chaves do oficial inconsciente e estavam nos livrando das correntes, agora nós estávamos livres e começamos a caminhar cuidadosamente pelos corredores do castelo. Enquanto caminhávamos, Tomás disse:

- Nós precisamos nos apressar, pois em breve o seu pai estará nas masmorras fingindo que levou o Conde Rafael para olhar o seu envergonhante filho. Quando isso ocorrer nós já precisamos estar em fuga!
- Certo! Eu acho que nós já estamos quase alcançando a porta principal!
- Isso mesmo, mas nós precisamos tomar cuidado para não sermos vistos!

Nesse exato momento, nós ouvimos vozes exaltadas, que vinham do lugar de onde nós tínhamos saído, então William disse apressadamente:

- Corram! Corram!

Assim que atingimos a porta principal eu pude ver que os oficiais que guardavam os portões do castelo também estavam nocauteados, então, aparentemente não teríamos problemas em fugir. E meio à correria eu disse:

- Nossa, você são bons mesmo! Nocautearam todas essas pessoas sozinhos?
- Muito obrigado Príncipe! Eu acho que nós formamos uma boa dupla e conseguimos nos superar juntos, é só isso!
- Bom, nós também somos os melhores oficiais que o seu pai já teve e um dos poucos que, em um reino tão pacífico como Heliópolis, já estiveram em algum tipo de batalha!
- Em que batalhas você já estiveram?
- Bem, digamos que não é a primeira vez que Conde Rafael ataca o seu pai! O problema é que ele está cada vez melhor relacionado e militarmente mais forte agora!

Nós chegamos perto de alguns cavalos que estavam convenientemente dispostos na saída do castelo, então montamos neles e estávamos a ponto de sair em disparada quando Conde Rafael apareceu empunhando um arco e bradando:

- Onde vocês pensam que vão escória? Não os deixem fugir!

Imediatamente nós partimos em disparada, mas antes de partir eu lancei um olhar agradecido ao meu pai que o retribui rapidamente, enquanto explicava ao Conde Rafael que não sabia como isso tinha acontecido.
A partir desta noite eu sabia que eu não poderia voltar a Heliópolis tão cedo e o que mais fazia meu coração doer e me entristecia era que eu só consegui realmente enxergar o meu pai como ele realmente é um pouco antes de ter que deixá-lo por um bom tempo. A despeito destes pensamentos, eu empreendi toda a minha força em continuar seguindo em frente e fazer como o meu pai havia e dito: fugir sem olhar para trás.

sábado, 12 de abril de 2014

Rock Haven (Rock Haven)

Rock Haven (Rock Haven), 2007


Na cidade costeira de Rock Haven, Brady (Sean Hoagland), um jovem muito religioso recém-chegado, conhece o sedutor e vivido Clifford (Owen Alabado), por quem sente uma atração mútua instantânea durante uma caminhada pela praia. A história gira em torno da descoberta da alegria do primeiro amor em contraste com a fé, de modo que a homossexualidade entra em conflito com as profundas crenças cristãs de Brady.

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