terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Capitulo 6 - Revolução: Pasine

A casa de William e Tomás não era longe da praça onde eu estava, então, em questão de segundos, eu adentrei o local e encontrei William. O meu irmão estava deitado em uma mesa, a qual estava rodeada de pessoas. Eu imediatamente notei o motivo do pânico na voz da pessoa que e alertou sobre William, afinal ele estava bastante pálido, o que indicava grande perda de sangue, e havia uma enorme atadura em volta do seu estômago, a qual estava ensanguentada, portanto, provavelmente, ocultava um grande corte nessa região. Assim que cheguei perto de William, eu disse:

- O que aconteceu William?
- Oi irmão... que bom te ver de novo! Bem, isso é um efeito colateral da nossa conquista...
- Como assim?
- Bem... nós chegamos em um vilarejo a oeste daqui. A princípio, nós achamos que era um vilarejo pacífico e indagamos sobre a lealdade deles a Conde Rafael. Porém, infelizmente, aquele era mais uma base do seu tio, de modo que eles nos atacaram e surpresa ao tomarem conhecimento das nossas intenções. Para resumir, houve uma batalha e eu acabei sendo ferido por uma espada... Mas, para compensar, nós ganhamos a batalha, aprisionamos os derrotados e o guerreiro que empunhava a espada já não está nesse mundo.
- Mas você vai ficar bem William?!
- Vou sim irmãozinho! Eu só preciso de alguns dias para me recuperar! De qualquer modo, eu fico feliz de ver que você se preocupa comigo!
- É claro! Você não pode chegar, me dizer que é meu irmão e então me deixar!

Eu e William riamos do meu comentário quando Tomás chegou no local, extremamente alterado. Porém, depois que o próprio William explicou que estava tudo bem, ele ficou mais calmo.

- Não faça mais isso! Eu não posso chegar de uma missão e descobrir que o meu marido está ferido! Assim eu vou ter um ataque do coração qualquer dia!
- Fique tranquilo! Eu ainda estou aqui! Além disso, você prometeu me amar na saúde e na doença, lembra?
- Sim, eu lembro perfeitamente Sr. William!

Depois desse breve susto, Tomás e o resto do último grupo que havia partido para o sul, infelizmente, relataram que o vilarejo no qual eles haviam estado não era aliado de Conde Rafael, porém eles não queriam participar de nenhum tipo de aliança com o nosso vilarejo. Assim, apesar de algumas pessoas terem sido feridas nas missões, o nosso saldo foi bastante positivo, pois agora tínhamos dois novos vilarejos aliados e um outro dominado pelos nossos guerreiros.
Depois dessas missões exploratórias, William levou algum tempo para se recuperar, porém, assim que possível, ele voltara a treinar os nossos novos e antigos guerreiros. Ele, Raul e Tomás realizaram um excelente trabalho e militarizar o nosso vilarejo, além disso, novas missões exploratórias e de aliança foram realizadas com a ajuda de todos o que agora se identificavam como finnelianos ou aliados do nosso povo. Bernardo também continuou na sua função de construtor, já que o constante fluxo de pessoas pelo nosso vilarejo exigia constante modificação da infraestrutura e, principalmente, construção de novas casas.
Desse modo, aproximadamente três meses se passaram, nos quais Finnel prosperou e se expandiu bastante. Muitos dos vilarejos concordaram em se fundir a Finnel, embora alguns tenham preferido se manter autônomos e apenas estabelecer alianças comerciais ou mesmo na luta contra Conde Rafael. Casas e campos de treinamento floresceram por toda a extensão do original vilarejo de Finnel e também dos vilarejos que se fundiram a ele. Nossas alianças comerciais também prosperaram bastante e as nossas conquistam estavam nos fazendo cada vez mais fortes. Algumas pessoas até passaram a se referir a Finnel como um novo reino, mas nós tínhamos consciência de que nós ainda precisávamos nos fortalecer muito para sermos considerados um verdadeiro reino. Porém, em certo momento, eu e o resto do grupo de planejamento sentimos que Finnel, aparentemente, estava preparado para um outro grande passo em nossa jornada:

- Então vocês concordam que nós estamos preparados para um ataque direto ao reino do meu tio?
- Definitivamente, Felipe! Pasine é um reino extremamente militarizado, mas eu acho que nós conseguimos evoluir bastante nesse sentido durante esses últimos meses!
- Isso é verdade Felipe! Eu acho que nós estamos preparados! Além disso, nós precisamos aproveitar que o seu tio, aparentemente, não sabe da nossa expansão para realizar um ataque surpresa! Se nós esperarmos mais para fazer isso, talvez possamos perder o elemento surpresa!
- O Raul tem razão! Nós nos expandimos bastante durante esses meses e é impossível que isso não seja notado em breve por alguém que seja aliado do seu tio!
- Isso faz sentido! Bem, nós precisamos comunicar às pessoas do nosso vilarejo que isso vai acontecer em breve então! Precisamos enviar mensageiros às outras partes do vilarejo também!
- Posso solicitar a algumas pessoas do meu grupo para se encarregarem dessa parte!
- Perfeito Tomás, então você fica responsável por isso! Eu fico responsável por comunicar isso oficialmente para os moradores daqui! Quanto aos demais, organizem os grupos de vocês para solicitarem aos moradores o comparecimento à praça central ao meio dia.

Ao meio dia, eu comuniquei aos moradores do nosso vilarejo que dali a sete dias nós partiríamos em direção a Pasine, o reino do meu tio, para realizar um ataque direto. Todas as pessoas, apesar de surpresas e um pouco apreensivas, demonstraram apoio à nossa decisão. Além disso, vários homens se deslocaram em direção aos outros vilarejos componentes de Finnel, os quais, possivelmente, também concordariam com a ofensiva. Depois do pronunciamento, eu me reuni com o grupo de preparação de comida, o qual estava sendo liderado por Hugo:

- Bem, nós estamos com problemas com alguns suprimentos, os quais deveriam ser repostos urgente, ou então teremos que racionar a comida! Aqui está a lista!
- Obrigado Hugo, eu vou enviar um grupo para conseguir estes suprimentos com os nossos aliados assim que possível! Agora, mudando de assunto, como você está? Eu ando tão ocupado, que nunca mais nos falamos!
- Ah, eu estou bem Felipe! Obrigado por se preocupar! Obrigado também por ter me deixado continuar no vilarejo e ser meu amigo, mesmo depois de... você sabe, depois do que eu fiz...
- Que isso Hugo! Eu não tenho qualquer poder para te expulsar do vilarejo, já que você contribui com a nossa sociedade! Além disso, eu não guardo mágoas e espero, de verdade, que você encontre alguém que te faça feliz!
- Muito obrigado Felipe! Você é uma ótima pessoa!

Depois disso, eu tive outras reuniões com outros grupos do vilarejo, o qual é composto por vários grupos operacionais, os quais são interdependentes. O grupo de preparação de comida, por exemplo, realiza essa tarefa para apoiar e nutrir as pessoas que trabalham em outras tarefas no vilarejo. Além disso, este grupo também distribui diversos suprimentos para os moradores que prepararam suas próprias refeições. Os nossos suprimentos, atualmente, provêm tanto da nossa própria produção como de outros vilarejos que nos fornecem produtos ou serviços em troca de outros produtos/serviços.
No fim do dia, eu estava cansado, como usualmente acontecia. Porém, eu jamais deixaria isso influenciar o meu tempo com Bernardo. Naquele dia, nós havíamos resolvido ir até uma cachoeira perto do vilarejo, assim, quando eu cheguei em casa, eu indaguei:

- Os cavalos estão selados?
- Não meu amor! Eu... você se importa se nós não formos hoje à cachoeira?
- O que? Claro que não! Eu também não estava tão afim! Eu estou tão cansado hoje!
- Eu também! Nossa, veja só o que nós nos tornamos! Parece que estamos casados há décadas e nós ainda nem nos casamos propriamente!
- Bem, eu acho que nós estamos tendo uma experiência de uma vida inteira, então nós temos o direito de nos sentirmos cansados!
- Bem, amanhã nós completaremos cinco meses de "casados", então o que acha de nós diminuirmos a nossa carga de trabalho e fazer um piquenique próximo da cachoeira?
- Soa perfeito! Você sempre tem boas ideias!

Nós realizamos o nosso piquenique no dia seguinte e tudo pareceu perfeito. Nós passamos a tarde conversando à beira da cachoeira, comemos deliciosos aperitivos generosamente doados por Hugo, nos refrescamos na água, nos beijamos e tivemos momentos intensos. Eu desejava que aquela tarde nunca tivesse fim, pois, de certa forma, eu sabia que dali a seis dias tudo em nossas vidas iria mudar.
Nos dias que se seguiram, nós recebemos respostas positivas dos outros vilarejos em relação à ofensiva contra Pasine e, na manhã do sétimo dia depois do meu pronunciamento, nós partirmos em direção ao reino do meu tio. Apesar de nós dizermos que o ataque era direto, na verdade a nossa estratégia consistia em infiltração discreta nos domínios de Pasine, para podermos, idealmente, surpreender e dominar o exército de Conde Rafael.
Pasine ficava a norte de Finnel e a viagem duraria, em média, quatro dias. Nós usamos cavalos para realizar a viagem e, no primeiro dia, nós seguimos as trilhas que passavam pelos nossos vilarejos aliados ao norte, de modo que não precisaríamos nos preocupar em passar por um vilarejo aliado de Conde Rafael e arriscar perder nosso elemento surpresa. Ao fim do primeiro dia, nós descansamos em um desses vilarejos. Houve uma breve ceia, porém todos foram dormir cedo, pois seguiríamos viagem ao amanhecer do próximo dia. Durante o segundo dia de jornada, Raul aproximou o seu cavalo ao meu e disse:

- Oi Felipe! Eu não tive a oportunidade de agradecer pelo conselho que você me deus há alguns meses atrás, mas fico feliz em dizer que ele me ajudou a encontrar outra pessoa, com a qual eu consigo ser eu mesmo e que me ama!
- Nossa! Isso é muito bom Raul! Quem é?
- Paulo, do grupo de construção de casas!
- Ah, que bom! Aquele rapaz enorme que trabalha com o Bernardo?
- Exatamente! Inclusive foi o Bernardo quem nos apresentou formalmente! Você sabe que eu não conheço mais todas as pessoas que vivem no nosso vilarejo, mas eu não pude deixar e notá-lo!
- Nem que você quisesse! O rapaz é bem maior que você, e olha que você já é bem grande comparado a mim! Bem, enfim, fico feliz que você esteja amando novamente! Que dessa vez dê tudo certo!
- Que assim seja! Bom, era isso o que eu tinha para dizer! Eu quero que você saiba que eu sou muito agradecido pelo seu conselho! Às vezes, tudo o que uma pessoa precisa é receber um conselho sincero.
- Que bom que isso te ajudou! Fico muito feliz por você!

Ao fim do segundo dia, nós tínhamos alcançado, tecnicamente, a fronteira de Finnel, já que nós estávamos no último vilarejo que fazia parte da nossa recém-criada sociedade. Nos dias seguintes, nós estaríamos viajando em terras totalmente desconhecidas. Assim como no outro dia, houve uma breve ceia e eu realizei um breve discurso encorajando as pessoas que estavam na missão. Depois disso, a maioria das pessoas foi dormir, mas eu ainda queria conversar com Bernardo:

- Amanhã nós teremos que ser muito cautelosos durante a nossa jornada!
- Eu sei, mas eu tenho certeza que tudo vai dar certo e nós vamos conseguir chegar a Pasine!
- É... O problema, na verdade, é o que vai acontecer lá! Bernardo, se algo acontecer, eu quero que você saiba...

Ele não deixou que eu completasse a frase. Sem hesitar, Bernardo me beijou e tocou o meu corpo do modo como só ele faz. A despeito de seu porte, Bernardo sempre é preciso em seu toque, pois ele não é bruto e nem delicado demais. A suavidade do seu toque me faz esquecer do que eu queria dizer e eu simplesmente me deixo envolver em seus braços. Depois de longos e maravilhosos momentos em seus braços, entre beijos e carícias, Bernardo me disse:

- Nós não precisamos pensar no que vai acontecer daqui a dois dias! Apenas saiba que eu te amo e que nada vai nos separar! Nem mesmo se o pior acontecer, por que você tem um lugar permanente aqui.

Bernardo guiou a minha mão direita em direção ao lado esquerdo do seu peito. Sentindo o seu coração pulsar, eu adormeci em seus braços. No terceiro dia, um dos homens que fazia parte do vilarejo no qual nós havíamos pernoitado nos guiou. Este homem estava acostumado a viajar em direção ao norte, devido aos anos em que ele partiu do seu vilarejo em direção a Pasine, para realizar trocas comerciais. Nesse sentido, ele era a pessoa mais indicada para guiar o nosso grupo. Durante a jornada, eu aproveitei que a liderança estava parcialmente nas mãos de outra pessoa, para confirmar os detalhes do plano de invasão com Tomás e William:

- Então nós vamos nos dividir na fronteira de Pasine, de modo que pequenos grupos vão adentrar o reino nestas carruagens carregando baús contendo as nossas armas, as quais, entretanto, estarão misturadas com suprimentos, supostamente, destinados a serem trocados no mercado do reino.
- Certo! O resto das pessoas entrará no reino como meros comerciantes que desejam realizar algum tipo e troca no mercado. Os grupos com as armas devem encontrar um local adequado para nós nos encontrarmos. Essa é a parte mais crítica do plano, já que nenhum de nós jamais esteve em Pasine, porém, assim que eles encontrarem tal local, devem enviar mensageiros para os demais, os quais estarão de fato aguardando no mercado de trocas do reino.
- Isso! Então, assim que todos os nossos guerreiros estiverem armados e preparados, nós invadiremos o castelo de Conde Rafael e, com a ajuda dos céus, dominaremos o seu exército!
- Bem, pelo menos nós temos um plano! De qualquer forma, a nossa causa está evoluindo e, aconteça o que acontecer, nós faremos a diferença daqui a um dia.

A paisagem, progressivamente, começou a mudar durante aquele dia. Nos domínios de Finnel e um pouco mais ao norte, a paisagem consistia, predominantemente, em planícies e florestas pouco densas, Porém, conforme nós avançávamos em direção ao norte, o relevo mudou para planaltos, montanhas e florestas que pareciam não ter fim. Na noite do terceiro dia, nós acampamos em uma clareira, sendo que a nossa ceia foi mais breve e escassa em relação à realizada no dia anterior. A paisagem parecia anunciar que as coisas seriam bem diferentes dali para frente.
No amanhecer do quarto dia, todos pareciam sentir a importância do que estava para acontecer. Assim, eu fiz um breve discurso motivacional e então nós partimos em direção a Pasine. Após algumas horas de caminhada, nós enfim chegamos ao nosso destino e, diferente do que eu imaginava, Pasine era um lugar muito bonito. A paisagem tornava o reino do meu tio muito sedutor e aparentemente acolhedor, o que destoava bastante do seu governante.
Assim que nós nos aproximamos da entrada do reino, nós nos dividimos em grupos. Desse modo, cada grupo, com um intervalo de alguns minutos entre eles, adentrou a cidade carregando vários baús em carruagens, conforme nós havíamos planejado. Alguns guardas estavam na entrada do reino e, superficialmente, inspecionaram as nossas carruagens. Porém, a despeito dos nossos temores, todos os grupos foram bem-sucedidos em adentrar o reino. Posteriormente, o resto dos nossos homens adentrou a cidade em grupos ainda menores de, no máximo, quatro pessoas, até que, finalmente, todos nós tínhamos adentrado Pasine, o reino de Conde Rafael.
Eu e o resto das pessoas que adentraram a cidade como meros comerciantes nos dispersamos pelo mercado de trocas de Pasine, a fim de esperar pelo sinal dos grupos que carregavam o nosso armamento. Nós estávamos visivelmente separados, porque não queríamos chamar a atenção, mas nunca deixávamos de notar os movimentos uns dos outros, a espera de visualizar quando uma das pessoas do outro grupo fizesse contato com alguém que estava no mercado. Além disso, eu e algumas das pessoas que estavam presentes no dia da conquista de Finnel estávamos utilizando disfarces, para evitar sermos reconhecidos. Porém, o meu disfarce me pareceu insuficiente quando, em um momento de distração, eu esbarrei com o meu tio:

- Olhe por onde anda, seu imbecil!

O meu disfarce, assim como a minha voz, pareceu sumir diante da ameaça de ser reconhecido por Conde Rafael. Porém, rapidamente, eu me obriguei a recuperar a minha habilidade de falar e, a invés de gritar que nós estávamos ali para acabar com ele, eu disse ao meu tio:

- Eu peço o seu perdão meu rei!
- Hum... tudo bem! Suma daqui! E jamais diga que eu não sou uma pessoa generosa!

Eu me afastei o mais rápido possível do local e, logo em seguida, encontrei Bernardo, que estava em um dos grupos de armamento, o qual me disse:

- Meu amor, aconteceu alguma coisa? Você está pálido!
- Agora está tudo bem! Mas eu acabei de encontrar o meu tio! Nós precisamos sair daqui! Vocês já encontraram um bom local para nós nos prepararmos para a invasão?
- Já meu amor! Vamos, rápido!

Os grupos se reuniram em uma parte do reino no qual não havia muita circulação de pessoas naquele momento. Assim, nós rapidamente nos munimos com diversas armas e planejamos adequadamente a próxima parte do nosso plano, o qual segundo Raul, era:

- Bem, nós vamos nos dividir em quatro grupos: dois irão adentrar o castelo e atacar as alas leste e oeste; dois irão atacar os guardas localizados na entrada do reino; o outro grupo irá especificamente procurar Conde Rafael, entendido?

Todos assentiram sobre a compreensão do nosso próximo passo. Então, depois que todos os grupos estávamos prontos, nós começamos a nos dirigir para os nossos locais de ataque. Porém, antes que isso acontecesse, eu incentivei os nossos guerreiros bradando:

- VIVA A HOMOREVOLTA! SALVE FINNEL!

Assim, com o mesmo espírito de justiça que nos levou a atacar o vilarejo de Finnel, enquanto este ainda era uma base de Conde Rafael, nós corremos em direção ao nosso novo desafio: conquistar a principal base do meu tio e, dessa forma, acabar de uma vez por todas com a brutalidade com a qual ele combatia a homossexualidade.

2 comentários:

  1. Cara, como eu queria estar participando dessa luta, acabar com o maldito do Conde Rafael e todos os que odeiam os homossexuais... é a representação perfeita (claro, não é literalmente uma guerra) dos homossexuais da atualidade. Todos nós queremos ser livres para amarmos quem quisermos e lutamos por isso todos os dias. Autor, vc é demais, adoro suas histórias!! Um abraço!

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  2. Quando vc vai postar o capitulo 7
    To muito ansioso

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