quinta-feira, 12 de junho de 2014

Capítulo 5 - Revolução: A Homorevolta (Cont.)

O primeiro dia no acampamento dos refugiados de Gorgi começou pouco auspicioso, já que o nosso anfitrião Raul nos despertou com um balde de água fria, diretamente coletada do rio mais próximo para essa finalidade, gritando:

- ACORDEM! Precisamos iniciar as tarefas do dia!
- Quais tarefas Raul? E por que tão cedo?
- Por que eu estou mandando! Vai questionar minhas ordens?
- É claro que não! Certo Felipe?
- Err...certo, certo! O que nós precisamos fazer?
- Eu já vou lhes dizer! Mas acho melhor que vocês aprendam quem está no comando aqui!
- Nós sabemos Raul. Nem se incomode em explicar!
- Melhor assim! Não demorem!

Assim que Raul se afastou, William se virou para mim e disse:

- Felipe, precisas ter mais cuidado com o Raul, afinal ele não é a pessoa mais equilibrada que eu conheço!
- Eu sei William, eu só...desculpa, vocês devem estar achando que eu ainda sou um principezinho mimado...
- Nós sabemos que não é o caso, mas precisas tomar mais cuidado ok?!
- Tudo bem! Obrigado pelo conselho William!
- De nada! Apenas se cuida tá?!

Inesperadamente, William me abraçou e eu me senti a obrigação de retribuir, embora não tenha entendido a motivação do gesto. Depois disso, ele e Tomás foram até o rio para realizar o asseio, enquanto eu, finalmente, me dirigi a Bernardo, que ainda não tinha se pronunciado naquele dia:

- Bom dia Bernardo! Por que você está tão calado hoje?
- Felipe...queres me explicar o que foi isso que acabou de acontecer aqui com o William?!
- O que? o abraço? Eu também não entendi!
- Eu não sabia que vocês tinham esse tipo de intimidade!
- Ah, nem eu, mas...pera aí... você está com ciúmes?
- O que? Eu...não!...Quero dizer, sim...ah, eu não sei! Mas fiquei surpreso com isso!
- Eu também fiquei! Acredite!
- Tudo bem, vamos esquecer isso então! Agora, mudando de assunto...você vai ao rio agora?
- Sim...precisamos ir até lá pra os livrarmos desse suor e sujeira! Mas por que a pergunta?
- Bem, é que nós nunca nos vimos...em trajes menores...você não se importa?
- Ah...eu não tinha pensado nisso!...o que você acha disso?
- Se você quiser ir sozinho eu posso esperar, sem problemas!
- Ah...não sei...acho que deveríamos aproveitar ao máximo as nossas oportunidades de ficarmos juntos e a sós, certo? Então acho que deveríamos ir juntos!
- Tudo bem, se é isso que você quer...vamos lá!

Nós esperamos William e Tomás voltarem do rio, então fomos até lá. Confesso que eu fiquei nervoso por ter que tomar banho ao lado de Bernardo, porém eu tentei parecer o mais tranquilo possível, pois eu percebi que, ao me perguntar como eu me sentia em relação a isso, ele estava expressado a sua própria ansiedade. De fato, eu entendo o nervosismo dele, afinal ele não esteve com muitas pessoas ao longo da vida e duvido que alguma vez tenha se exposto dessa forma.
Conforme ele retirava as suas roupas eu pude, efetivamente, perceber o quão atraente e bonito ele é. O trabalho braçal lhe conferiu um porte realmente digno de um guerreiro. Ele tem um peitoral grande, braços musculosos, abdômen definido e pernas torneadas. Esse conjunto de características contrastam com a delicadeza do seu rosto, que, apesar de ter traços bastante másculos, tem impressas nele a pureza e a tranquilidade com que ele vê a vida. Enquanto eu processo essas percepções, eu não noto que ele me flagrou o observando, até que ele diz:

- Você está me deixando sem graça...

Ele está, evidentemente, envergonhado, pois o seu rosto está levemente corado. Eu fico da mesma forma, pois eu não sei como lidar com a situação. De fato, o que me deixa nervoso sobre isso não é a beleza do seu corpo, mas o fato de ser Bernardo, o meu namorado, com quem eu ainda não tive nenhum tipo de intimidade. No passado, eu já vi muitos homens com belos corpos, mas nenhum deles tocou meu coração ou me fez realmente atentar para outras coisas, como o fato de que o rapaz que está a minha frente fica muito lindo e atraente quando está encabulado. Pensando nisso, eu finalmente decido o que fazer. Eu me lanço em direção a ele e o beijo apaixonadamente, então digo:

- Eu peço desculpas! Mas, embora isso não tenha a menor importância, você é um homem muito lindo!
- Você está me deixando sem graça novamente! Eu...não sei o que dizer...
- Não diga nada! Apenas aceite o elogio! E, a propósito, você fica uma gracinha envergonhado!

Dito isso, nós dois rimos da situação e o clima fica mais leve, então eu também retiro as minhas roupas. Assim, nós adentramos o rio juntos e nos sentindo bastante à vontade em relação à nudez um do outro, tanto que aproveitamos o tempo para nos beijarmos e trocarmos carícias que não nos permitimos quando estamos rodeados de pessoas. Nesse sentido, eu percebo que Bernardo me toca com mais intensidade, até que, de repente, ele me puxa para mais perto de si e diz próximo à minha orelha:

- Eu te amo! Prometo que isso vai terminar logo e nós poderemos nos casar e...ir além...
- Eu posso esperar...meu...meu amor!
- Você não fica frustrado de ter que ir tão devagar?
- De forma alguma! O que me importa é estar ao teu lado! Apesar de não poder deixar de notar o quão belo você é ou te desejar cada dia mais! Porém, a sua fé me cativa e eu posso muito bem respeitá-la, já que você respeita o fato de eu já ter experiência e nunca ter dito qualquer coisa a esse respeito.
- Eu nunca te julgaria Felipe! Eu posso ver, a despeito do seu passado, a maravilhosa pessoa que você é! Mas...mudando de assunto, eu ouvi você me chamar de meu amor?
- Bem...sim! Você é o amor da minha vida! Aquele que me fez redescobrir os meus valores e as minhas aspirações na vida! Sabia que eu nunca tinha pensado em me casar antes? Mas agora é o que eu mais quero!
- Sério? E pode ser comigo?
- Não meu amor, lamento, mas eu quero me casar com o Raul!

Enquanto eu e ele rimos da última frase, Raul realmente aparece, bradando:

- O que as donzelas estão fazendo aqui para demorarem tanto?
- Desculpa Raul, já estamos terminando!
- Eu acho bom! Se eu não vir vocês na clareira agora, vocês sofrerão sérias consequências!

Assim que Raul toma o caminho de volta para a clareira, eu me viro para Bernardo e digo:

- Será que ele ouviu?
- Acho que não!
- Ainda bem! Porque ele é, definitivamente, a última pessoa com quem eu quero me casar!

Ainda rindo da situação, eu e Bernardo saímos do rio, alcançamos as nossas roupas, nos vestimos e seguimos o caminho de volta para a clareira. Quando nos reunimos ao restante dos acampados, Raul está na frente de todos dizendo:

- Até que enfim resolveram se juntar a nós! Eu já ia começar a discutir as tarefas! Bem, minha contagem identificou que nós temos, atualmente, trinta e dois acampados aqui, então eu vou dividir quatro grupos de oito pessoas nas seguintes tarefas: busca de suprimentos, preparação da refeição, coleta de madeira para a fogueira e proteção do acampamento. Vocês, novatos, estarão divididos entre os quatro grupos, então o magricela ali (Felipe) vai ficar a preparação da comida, o porta-voz aqui (William) vai comigo para a busca de suprimentos, o namorado dele (Tomás) vai com o grupo da coleta de madeira e o grandão ali (Bernardo) vai ficar no grupo de proteção.

Assim que o discurso terminou, as pessoas se juntaram aos seus respectivos grupos, porém eu não me movi, apenas virei para os meus companheiros e disse:

- Vocês acham que é seguro nós nos separarmos?
- Claro que não Felipe! Mas, aparentemente, não temos outra escolha! Mas...por que ele me chamou de porta-voz?
- Ah querido, é porque você é sempre o primeiro a falar ou amenizar uma situação desde que chegamos aqui!
- Do que estás reclamando! Ele me chamou de magricela diante de todos!
- Ah, isso realmente soa pior! Desculpe! Mas, mudando de assunto...tomem cuidado enquanto estivermos separados e observem se há algo suspeito nas pessoas com quem vocês estarão. Precisamos saber se é realmente seguro nos juntarmos a eles.

William se despediu de mim me abraçando e eu pude ver, novamente, o quanto isso desagrada Bernardo pela expressão que ele faz ao observar o fato. Tomás, entretanto, não pareceu nem minimamente incomodado com isso.
Talvez percebendo a situação, William também deu um discreto abraço em Bernardo e depois saiu para se juntar ao seu grupo, assim como Tomás. Quando restamos apenas eu e o meu namorado, eu comentei:

- Por que essa cara?
- O que? Que cara?
- Se você vai começar a mentir para mim, eu acho melhor você treinar antes...
- Desculpe! Eu não sei...apenas não gosto do modo como o William se tornou tão carinhoso em relação a você!
- Mas qual o problema?
- Eu não sei...isso...isso me faz sentir incomodado...ameaçado talvez...eu não sei explicar!
- Isso se chama ciúmes! E é normal! Mas, você não precisa se sentir assim, porque eu não estou interessado no William e acho que nem ele em mim! Além disso, você viu que o Tomás pareceu nem se importar com isso?
- É, isso é verdade! Bem, desculpe Felipe, eu só...te amo muito e...não sei lidar com esses sentimentos ainda!
- Tudo bem...nós descobriremos juntos tá? Apenas...não esconda como você está se sentido de mim...isso pode deixar as coisas confusas!
- Eu prometo que não vou mais fazer isso!
- Que bom! Agora vamos logo trabalhar, antes de sermos advertidos de novo pelo senhor simpatia!

Quando todos os grupos já haviam se envolvido em suas respectivas tarefas, ainda estava o começo da manhã. Confesso que ter sido colocado no grupo de preparação de refeições foi um pouco humilhante, primeiramente pelo fato de que só haviam mulheres nele e, em segundo lugar, porque eu não possuo qualquer habilidade culinária. Porém, tentei ajudar no que foi possível e quando os outros grupos retornaram, quase no final da manhã, havia um recipiente enorme cheio de verduras misturadas com restos de carnes variadas, o qual foi colocado para ferver na lenha trazida pelo grupo de Tomás, que foi o primeiro a retornar.O grupo de William retornou logo em seguida e eles, aparentemente, tiveram sucesso em coletar novos suprimentos, considerando-se os sacos que alguns deles tinham em mãos. Assim que chegou, William se dirigiu a Tomás e eles se beijaram intensamente, o que eu nunca os tinha visto fazer, pois eles sempre foram bastante discretos com carícias e beijos, provavelmente pelo tempo que tiveram que ocultar isso enquanto trabalhavam para o meu pai. Porém, depois do beijo, William caminhou até mim e disse:

- Como foi o primeiro dia de trabalho Felipe?
- Ah...foi bom...apesar do fato de que eu não entendo nada sobre preparação de refeições!
- Vais te acostumar!
- Assim espero!
- Err...Felipe, eu queria conversar sobre uma coisa contigo, mas não sei por onde começar...
- O que é? Pode falar...é algo grave?
- Relaxa, não é grave... é só um pouco complicado! Por isso acho melhor fazermos isso em outro lugar...podemos caminhar até o rio?
- Ah...eu não sei...eu ainda estou esperado o Bernardo e não sei o que ele vai achar disso!
- Eu prometo que vou ser o mais direto possível!
- Tudo bem! Despertastes a minha curiosidade!

Caminhamos até a margem do rio, então eu, prontamente, disse:

- Agora me diga William, o que querias me contar?
- Eu vou ser direto Felipe... Há alguns anos, antes de morrer, a minha mãe me revelou a identidade do meu pai, que eu pensava até então estar morto...
- Certo...mas como eu entro nessa história?
- Bem, é aí que eu quero chegar...Felipe, a minha mãe me revelou em seu leito de morte que o meu verdadeiro pai era o Rei, que na época era apenas o príncipe, com quem ela se envolveu secretamente e que logo depois se casou com a sua mãe, sem saber que minha mãe estava grávida...
- O que?! Então... o que você está me dizendo é que...que eu e você somos...irmãos?
- Sim! É isso mesmo Felipe!
- Mas como eu nunca soube disso? O meu pai sabe desse fato?
- Eu contei para ele há algum tempo, mas ele me pediu que não tornasse isso público... Ele não queria ter um filho bastardo, mas prometeu que cuidaria de mim e da minha "esposa" no que fosse necessário.
- Eu sinto muito William...tens tanto direito de ser um príncipe quanto eu...
- Não se preocupe Felipe, eu não me importo com essas titulações. Além disso, eu sei que o Rei é um bom homem e que realmente teria cuidado de mim.
- Eu imagino que sim...Ele pode ser um pouco severo com a família em prol do povo, como ele mesmo diz, mas tem um bom coração!
- De fato ele tem...Foi ele quem me pediu, de joelhos, que te guiasse para fora de Heliópolis. Além disso, ele sofreu cada dia que estivestes longe dele...eu sei porque era um dos seus oficiais mais próximos e me tornei ainda mais íntimo depois que lhe contei que era filho dele.
- Ele pediu de joelhos?
- Sim...e, na noite da nossa fuga ele me pediu para cuidar de você, enquanto estivermos foragidos e caso algo de ruim aconteça com ele...
- Nossa...eu sempre vi ele como um homem sem emoções... mas ele sempre esteve lá para mim...sempre me protegendo...
- Sim...ele sempre te amou e sempre vai te amar Felipe!...E eu prometi a ele que cuidaria de você... meu irmãozinho!
- Eu nunca pensei que fosse ter um irmão mais velho...eu acho que vou gostar da ideia!
- Sério? Então tudo bem pra ti? Quero dizer... você me aceita como irmão?
- É claro William! Tens me protegido todo esse tempo...eu te devo a minha vida! Além disso, és uma pessoa muito agradável, apesar de um pouco imperativo às vezes...definitivamente o papel de irmão mais velho combina contigo!
- Muito obrigado Felipe! Isso é muito importante pra mim!

Novamente, William me abraça e dessa vez eu não sinto nenhum estranhamento em retribuir. Porém, nesse momento eu ouço alguns galhos quebrando e vejo um vulto correndo atrás das árvores, então nos afastamos e eu digo:

- Bem...eu tenho que procurar o Bernardo agora, mas eu realmente fiquei contente com a notícia!
- Que bom! Por falar nisso, conta pra ele a notícia, ou então eu vou acabar sendo agredido da próxima vez que te abraçar!
- Confesso que ambos estávamos confusos com a ideia de me abraçares a todo momento! Mas acho que agora ele vai entender, embora seja melhor irmos mais devagar com essas demonstrações de afeto por enquanto.

Eu e ele saímos rindo da confusão que uma demonstração de carinho fraternal pode causar. Assim que alcançamos a clareira, Tomás se dirige a mim:

- E aí cunhado?!
- Então já sabias?
- Bem, ele me contou há alguns dias e eu quase o mato por não ter confiado em mim antes, mas depois ficou tudo bem!
- Eu disse a ele depois que nos flagrastes no castelo, que realmente tinhas mudado e que adoraria te contar que éramos irmãos. Aquela foi uma prova de que tinhas amadurecido sabe?
- Que bom que tivestes essa impressão, porque eu odiaria ainda ter qualquer traço do príncipe mimado que eu era! Agora eu vou procurar o Bernardo, ele já deveria ter voltado!
- Espera, vocês não encontraram com ele? Ele disse que ia procurá-los. Bem, ele pode ter tido que voltar para a vigília, pois eles não podem abandonar completamente a proteção do acampamento, então estão se revezando para se alimentarem e ele já veio aqui.
- Pode ter sido isso! Eu vou procurar ele...
- Até mais irmãozinho!
- Até...

No caminho de volta, eu repassei o que William me disse em minha cabeça e realmente fiquei feliz por ter um irmão agora. Isso tirou o peso da dúvida de que ele estivesse interessado em mim e me trouxe uma sensação boa de ainda poder contar com alguém relacionado à minha antiga família e ao meu pai...uma pessoa maravilhosa que eu, infelizmente, não tive a oportunidade de conhecer. Quando cheguei à margem do nosso acampamento, onde o grupo de Bernardo fica posicionado, eu o encontro sentado em um tronco, de cabeça baixa, então pergunto:

- Bernardo... tudo bem?
- Não Felipe...nada está bem...eu estou muito decepcionado com você!
- Como assim? O que foi que eu fiz?
- Eu vi você e o William na beira do rio!
- Ah...então foi você quem saiu correndo naquela hora?
- Sim...eu não aguentei ver aquela cena!
-  Que cena meu amor? O que você acha que viu?
- O que eu acho que vi? Não há como lutar contra os fatos, você estava nos braços dele!
- Você me viu beijá-lo? Ou algo mais comprometedor?
- Eu não fiquei para ver!
- Não havia nada para ver! Eu e o William estávamos sim nos ABRAÇANDO, mas somente porque ele me revelou que, na verdade, é meu irmão! Eu esperava que você pudesse me perguntar algo antes de me acusar ou, até melhor, que você pudesse confiar em mim...

Eu estava profundamente desapontado com a falta de confiança de Bernardo, então simplesmente virei as costas e caminhei de volta para a clareira. Porém, logo ele me alcançou dizendo:

- Felipe, essa história é verdade?
- Por que eu mentiria?
- Nossa...desculpa Felipe! Eu...eu sou um bobo por pensar aquelas besteiras...
- Sim, você é...e eu estou chateado!
- Desculpa Felipe! Mas é que...
- Por que você não confia em mim para começo de conversa?
- Não é que eu não confie em você...é só que eu não sei por que você não iria preferir o William a mim!
- Porque eu te amo!
- Eu...eu também te amo! Perdoa o que eu disse...por favor!
- Tudo bem...mas eu quero ficar sozinho tá? Preciso caminhar um pouco e espairecer!
- Eu entendo...
- Te encontro na clareira tá?

Eu beijo levemente os seus lábios e depois sigo caminhando por entre as árvores. É a primeira vez que Bernardo me decepciona dessa forma e eu não consigo deixar de sentir raiva dele por ter desconfiado de mim. Enquanto eu penso nisso, eu entro em um riacho que encontro pelo caminho, a fim de refrescar o corpo, assim como a minha mente e os meus pensamentos. Devido à confusão na minha cabeça associada à falsa impressão que o riacho dá de ser raso, eu não percebo quando há um desnivelamento no solo, até que eu estou me debatendo na água e a minha visão começa a ficar turva. Nesse momento eu tenho certeza de que vou morrer, pois eu não sei nadar, mas eu luto com todas as forças contra essa possibilidade, pois gostaria de ver o rosto de Bernardo mais uma vez e poder lhe dizer novamente o quanto eu o amo. Porém, minha visão escurece completamente e eu acho que não vou conseguir fazer isso.

Um comentário:

  1. Esta ficando legal as historias! Estou adorando! Porem o titulo desse capitulo ta meio estranho, pq revoluçao é uma "revolta" com objetivos e acontece mudança, ja a revolta nao acontece mudança e nao tem objetivo.

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